Tuesday, July 21, 2009

Injustiça

Sinto me alegre, porque seria prepotência dizer que estou feliz, primeiro por não acreditar que possamos ser felizes sempre 24hrs por dia, 7 dias na semana. Segundo porque penso que, apenas temos momentos de felicidade, que devem ser aproveitados intensamente pois são raros.
Estava no meu carro dirigindo na volta pra casa do trabalho, pensando em alguns desses tais momentos, e eu não sei por qual motivo eu fui colocar aquele CD no player, foi tão injusto, a mágica em minha mente tornou-se melâncolia, eu acompanhava as canções como se ainda fizesse algum sentido, roubaste o meu momento, meu e dele, onde não cabe mais você e toda a nossa velha história.
E quanto mais eu tentava não pensar, a recordação de nóis dois regadas aquelas mesmas canções eram inevitáveis.
Me rendi, elevei o som e com ele minha voz. Comecei a cantar, como se a frequência que eu emitia de alguma forma fosse me ajudar a extravazar o que já não conseguia mais nem processar.
Eu não me lembrei de ti quando estava com ele, não senti seu gosto na pele dele, os beijos que me dara, a maneira que me tocara, a pressão do corpo junto ao meu, vocês em nada se comparam.
Agora, que estou aqui, vivendo o momento novamente so pra mim, você vem pra me fazer medir…
Acabou, e é ele que tenho aqui comigo agora, respeita isso!
… Disse eu pro meu coracão.
Desliguei o som, a raiva dentro de mim pulsava forte, injusto não é lembrar de você, um amigo me disse que isso é normal.
Injusto seria fazer outra pessoa sofrer por causa de você.

A dor que não dói mais


Ela se arranhou inteira, e se banhou com álcool.

Insistiam em tocar onde o sangue minava, na ferida exposta.

Hoje olhando suas cicatrizes, ela não sente mais dor.

Monday, July 20, 2009

Não deveria?!


Não é você a pessoa em quem eu deveria estar pensando...
Vi quando me olhou enquanto eu dançava, eu sei foi errado, eu não deveria te olhar de volta.
Será mesmo que me olhaste como penso que me olhou?
Ou seria apenas mais uma peça que minha mente fértil me prega?

Mais eu senti sua mão quando pedi que me salvasse, você foi rápido, mas eu senti o peso dela quando segurou meu ombro, senti ainda aquele calafrio bom, te olhei nos olhos e você pareceu desconcertado de me ter tão proximo ao teu corpo.

Que nada! Você fez o que qualquer um faria pra defender alguém, certo?
Mais então, você poderia ter soltado a minha mão, não? Ou fui eu que segurei a tua tempo demais?
Diz pra mim que você não se sentiu o mesmo, de mãos dadas com o proibido?

Me senti tão impotente, eu queria ter te carregado em meus braços, fazer da tua dor a minha e eu mal te conheço. O gelo que estancava o seu sangrar, congelava minhas mãos, assim como o meu pensamento sobre qualquer outra coisa naquele momento que não fosse você.

Eu sei, você não esperava que logo eu fosse cuidar de você, estava estampado na maneira que me olhava enquanto eu aplicava os primeiros socorros.
Eu podia ler seus pensamentos e com quem você se deitaria aquela noite.

Tantas pessos ao redor alarmados, preocupados e so existia eu e você.
Eu podia escutar a cirene da ambulância se aproximar...

Desliguei o despertador. Sorri. Eu não deveria, mais ainda estou pensando em ti.

Tuesday, July 14, 2009

Salada indigesta


Comendo sua salada ela pensava..
A tempos não escrevo! Mas por que, se
à tanto a dizer?
Sabia que chegara a um ponto onde por mais que se tenha muito à dizer, permanecer calada ainda éra a melhor opção. Balaçou a cabeça como se concordasse com seus pensamentos e entendendesse agora o porque de seu jejum literal.

Enquanto mastigava um pedaço de palmito, ela lembrou-se das noites de sexta-feira e de como quase sempre elas terminavam..
Fechou seus olhos apertando suas pálpebras, como se quisesse apagar a imagem que via, inspirou fundo e expirando abriu-os lentamente, olhou para seu prato, começou a catar um por um dos grãos de milho que ali estavam e levar ate a sua boca.

Sentia-se farta apesar de nem ter comido o bastante, na verdade sentia-se “empanturrada” de tudo ser conectado a algo que lembra seu passado.

Tuesday, July 7, 2009

Shock


Encontro-me imóvel, em “shock”. Eu posso me ver como se eu estivesse perante a um espelho, estou com o olhar longe, cabeca baixa, tenho alguma coisa nas maos, um papel, parece uma carta.

Aceno pra mim e pergunto: Ei! Tudo bem com voce?

Mas “eu” pareco não me ver, “eu” volto a olhar para o papel.

Posso ver o esta escrito, não reconheco a letra, de quem sera? Olho para a ultima linha do papel a procura de uma assinatura, não posso acreditar!

Estou em mim, ainda estagnada, posso mover uma de minhas mãos que levo ate minha testa e paro uma gota de suor que escorrera pela lateral do meu rosto, sinto minha respiração voltar lentamente, tenho uma sensação fria dentro do meu corpo na altura do meu estomago como se acabasse de descer na primeira grande queda de uma montanha-russa, tenho dez pensamentos sendo processados ao mesmo tempo, e mesmo que eu tentasse não conseguiria dize-lo-os separadamente, eles se entrelacam, um dependente do outro.

Me vi sem chão, que confusão! Fora de mim! Meus sonhos, planos e expectativas se desintegravam a cada palavra por ti redigida, eu deveria chorar, pensei.

Não! Eu sinto como se eu devesse gritar, afinal seria apenas um eco vindo da minha alma, inconsolavelmente revoltada.

Mais perdi a fala, perante a sua egolatria.

Esquecamos então quem fomos, quebremos as promessas e juntemos todas em uma só, nunca mais procurarmos um ao outro.

Tão contraditória e inacreditavel, numa manha de segunda-feira, a sua maneira você se foi.

Monday, July 6, 2009

Um desejo


Mais um dia onde o tempo parece não passar. Os carros passam devagar lá fora, o sol hoje está feliz.

Por um minuto eu desejei não estar aqui, quem sabe em algum lugar distante, talvez deitada numa praia, e eu que nem gosto de sol, hoje queria simplesmente adormecer em sua companhia.

Sentir o cheiro do mar, areia sob meu corpo

Quem sabe um dos ventos que só se sente lá, assopre dentro de mim e traga-me de volta todas as esperanças que me tiraste, quem sabe ao passar por mim ele leve tudo que ainda restou de ti. Eu levantaria como se ressucitasse, correria rumo ao mar, sentiria a agua fria e fresca das ondas encontrarem meus pés, eu correria mar a dentro, sentiria o respingar das suas gotas em meu rosto.

Eu daria gargalhadas! A sensação de liberdade me invadiria por completo assim como sinto o mar em mim.
Eu choraria! Pois essa tal sensação que eu sentiria já não mais seria verbalmente descrita.
Lágrimas, eu choraria! A quanto tempo eu não sabia o que era chorar de alegria.

Os carros continuam passando lá fora, o sol sorri... e eu sentada aqui.

Sunday, July 5, 2009

O final de um dia.


Meus dias vem sendo estranhos, quero que o tempo passe mais rápido do que nunca, pra chegar aquele momento, é aquele, que não vem mais!

Quando dou por mim, já passa das 7pm e é
hora de ir pra casa. Meu pensamento traz você e me pergunto: Será que estás bem?

Interrompida. Involuntariamente encarceirada por algo que nem mesmo existe mais. Ontem eu quis te encontrar, te ver com aquele cabelo molhado partido de lado... Mergulhei fundo no lago, onde adormecidas estão todas memórias de você, tentei despertar o teu cheiro e por um instante quem sabe ter você nos meus braços. Acho que estou me esquecendo como era te ter. O gosto da sua pele, a textura do teu beijo...

Acordei, ainda sonolenta e lá estava a garrafa de vinho seca, sozinha e sem graca, assim como eu. Sim, eu sinto sua falta, mas isso guardo pra mim.

Me deixa! Não quero você na minha mente, preciso dormir.